terça-feira, 7 de maio de 2019

Mais charutos nacionais baratos


Arte de Fumar 
Desconfia dos que não fumam: 
esses não têm vida interior, não tem sentimentos. 
O cigarro é uma maneira sutil e disfarçada de suspirar. 
Mario Quintana

Comentei numa postagem anterior acerca de charutos nacionais baratos e, ali, esmiucei o porquê de minha opção pelo tabaco brasileiro. Se bem que, não raro, a tabaqueira enrola aqui o fumo plantado lá fora. Mas isso não importa. Destaco é o fato de não me render aos caprichos de um mercado que cobra até dois mil paus por uma caixa de charutos. Estou mantendo este projeto tabaqueiro. Recentemente, me chegaram os seguintes: coronas Leite & Alves, para fumada mais rápida; corona maturado Le Cigar e, também Le Cigar, o Churchill maturado, para quando dispor de ainda mais tempo para fumar, sem interrupção. Até porque charuto reaceso, após apagado por muito tempo, amarga, sendo preferível até jogá-lo fora. Destaco que Le Cigar pertence a Leite & Alves. Desta forma, acabam sendo todos L&A. Aparentemente, trata-se da mais antiga fábrica de charutos do Brasil e, há algum tempo, foi incorporada pela Talvis (salvo engano), passando por grande remodelação e inovação em suas bitolas. O destaque dos novos cigars fica para o Juanito, bitola entre uma cigarrilha e um petit corona, elaborado com folhas inteiras (long filler). Outro dia, falarei dele por aqui.

Os três charutos neste momento mencionados têm aspectos em comum: capa meio rústica - independentemente da cor clara ou escura -, aroma e sabor mais densos e não tão delicados, fluxo que poderia ser melhor, mais solto sem parecer que estamos chupando um canudo, obviamente. Entre outras coisas. O tipo Churchill maturado, por exemplo, possui fluxo tão preso que, no primeiro terço, atrapalha a degustação. Nacionais têm esses problemas. Daí, muitas pessoas afirmarem preferir charutos cubanos ou hondurenhos, dentre outros. Ora, e quem não prefere? Meu foco com estas postagens nunca foi colocar o nacional no patamar do cubano. Este é muito superior, sem dúvidas. Não se trata apenas de construção do charuto. É que certos países possuem, realmente, fumo de melhor qualidade. Como explicar isso? Não sei. Seria algo semelhante ao conceito de terroir aplicado a videiras e a cafezais. Alguns solos apenas são melhores para tabaco, e fim da papo. E, claro, qualquer casa del habano, em Cuba, é a menina dos olhos do Governo. No Brasil, além de tantos contras (especialmente da ausência da cultura do tabaco), o Governo se esforça de todas as formas para matar o setor de fumígenos. Impossível evoluirmos assim.

Abraços fumacentos e até a próxima.



2 comentários:

  1. Dicas anotadas! Chega de fumar só Titan Phillies!

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    1. Não deixa de ser um charutinho bom para brincar com os amigos numa mesa de bar. Abraços, meu grande!!!

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