quarta-feira, 18 de março de 2020

Coronavírus com Stephen King


O politicamente correto me proíbe de criticar a China - vaca sagrada do comunismo - pelo vírus. O vírus chinês não veio da China e a autocracia absoluta do Partido Comunista que abafou casos e dados essenciais não abafou casos e dados essenciais. Assim, não falarei da China nem do vírus chinês.

A instituição pública onde labuto mandou quase todo mundo para casa (teletrabalho), devido ao medo de contágio pelo coronavírus (Sars-Cov-2, causador da doença Covid-19). Para mim, não mudou muita coisa, pois, embora exerça atividade de natureza externa, encontrei meios de, com uso de diversas ferramentas eletrônicas (e-mail, WhatsApp, Google Earth, Malote Digital etc.), resolver problemas sem sair de casa. Faço isso há anos. 

A escola de minha filha também fechou e as academias da cidade receberam mesma ordem. Em breve, fecharão comércios variados.

Por medo, estou evitando comer fora. Aliás, estou evitando sair, realmente. Se é para haver confinamento, que seja. E o que vier, que venha. Há anos e anos sei que colapsos sociais são fáceis de ocorrer e, aos trancos e barrancos, me preparei um pouco para eventualidades assim. A despensa está cheia até o teto. Remédios foram comprados. Possuo estoque de munição para arma de fogo e para de pressão (a gás). Estou com 3,5 mil litros de água guardados, tenho acesso para obter mais de graça aqui perto de casa e produzo energia elétrica devido a painéis fotovoltaicos. Ainda quanto à energia, guardei carvão e madeira boa para queima (possuo fogão à lenha) e três botijões de gás.

O relatado acima pode ser o diferencial à sobrevivência de minha família ou ser totalmente irrelevante em caso de hecatombe humana. Mas, como dizia minha mãe (e creio que a de vocês também): "Melhor prevenir do que...". Ainda preciso de gasolina e, logo amanhã cedo, comprarei 120 litros aqui perto. Pouco, mas ajuda bastante. Certamente, os maiores problemas surgirão pós-confinamento, após o colapso econômico e gente matando nas ruas por um saco de feijão. Portanto, todo excesso é pouco.

Enquanto estou confinado, ocupo meu tempo com leituras, cuidados com casa e videogame. Preciso me exercitar e talvez faça isso na rua, em algum lugar ermo, mais ou menos como recomendado pelo Scant. Quanto a livros, acho que esta é a oportunidade ideal para se dedicar a grandes volumes. E, considerando o momento, andei pensando... Qual melhor leitura do que A Dança da Morte do Rei do Maine? Na trama, o mundo é devastado pelo vírus Capitão Viajante, uma espécie de supergripe que se alastra sem dó. Acerca desse romance maravilhoso (um dos melhores a que tive acesso), recomendo minha resenha. A edição mais atual está disponível "de grátis" no LeLivros. Aproveite! Quando li, o fiz no meio físico, com letras pequenas, pouca margem e espaçamento diminuto. Hoje em dia, não faria isso. Não possuo mais visão para algo assim.

Enfim: fica a sugestão de leitura para quem estiver de quarentena. Se estiver na dúvida, dê uma lida na resenha acima indicada. E aproveite mesmo a ocasião para se deleitar com esta obra prima. Pode ser, inclusive, o último livro que você lerá.

Abraços virais e até a próxima (ou não!).

7 comentários:

  1. Por enquanto, está tudo uma festa. Vejo pessoas que foram dispensadas do serviço devido ao confinamento postando fotos e vídeos de lazer em locais entupidos de gente: clubes, churrascos, barragens e praias! Se fosse o Capitão Viajante...
    Abraços tb, Fabiano! E cuide-se tb!

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  2. Gosto do Rei e minha esposa adora dança da morte, mas não tenho mais coragem de pegar esses tijolos. Game of Thrones me traumatizou com a série e com a demora ridícula do autor concluir os livros.

    Agora teu preparo me deixou com inveja! Você seria daqueles poucos sobreviventes do apocalipse! Não sei se você pode falar sobre isso, mas a sua arma é legalizada? Eu sinto falta de ter uma, por mais simples que seja, em casa, e esses dias senti mais falta ainda. Vai que tem um arrastão onde estou, vou me defender com faca de cozinha? Tudo bem que tenho umas bem grandes, hahaha, mas ainda assim...

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    1. Olá, Rodrigo.

      Tô longe de ser um sobrevivencialista, mas sempre fiquei de orelha em pé para essas coisas. Sempre sondei o ambiente, especialmente como obter comida e água por perto.

      Sim, a arma é legalizada. Há uma postagem aqui sobre arma de fogo e como me legalizei: https://bloguedoneofito.blogspot.com/2018/11/como-obter-autorizacao-para-posse-e.html. Mas sou totalmente a favor do acesso ilegal a armamentos e a munições, pois nossa autodefesa não tem preço e só interessa a nós mesmo. Penso que, diante da burocracia e má vontade do Estado, devemos nos virar como podemos. Nosso pior inimigo é, sempre, o Estado e seus agentes.

      Abraços!

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  3. valeu pela menção

    o primeiro parágrafo me lembrou do estilo do finado blog rapadura do Eudes. curioso como hoje a inteligência está cada vez mais banida dos meios de comunicação. o rei está nu e ninguém pode falar disso

    o virus atual mostra que o sobrevivencialismo veio para ficar: pode ser útil e dá vontade de montar uma casa com base nesse princípios

    boa epoca para por coisas em ordem. to vendo os filmes de 2019 que perdi

    abs!

    -scant

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    1. A bolsa derreteu; uma casa bem equipada, nâo. Insisto nisso: invista em infraestrutura. Tenha espaço.

      Se eu pudesse, refaria uma casa ainda mais bem pensada.

      Abç!

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  4. "Se eu pudesse, refaria uma casa ainda mais bem pensada." - pq vc não faz um post sobre a casa sobrevivencialista ideal?

    talvez consiga aproveitar alguma ideia para vc mesmo no futuro, além de ajudar leitores e complementar sua postagem sobre armas

    abs

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    1. Não tenho conhecimento sobre isso para compartilhar...

      Sofremos limitações naturais no Brasil para sermos sobrevivencialistas. Somos uma nação de ovelhas, para não dizer de gados prontos ao abate.

      Ideias, até tenho. Coisas bem óbvias. Mas, por aqui, sem grana, não dá. Em relação a armamento, reside o maior absurdo. As limitações são grandes. Mas ao menos há todo um mercado ilegal para quem quer produzir em casa cartuchos metálicos para espingardas de forma fácil. Aqui no Nordeste, isso é bem comum.

      Cara, se eu fosse rico, teria primeiramente: poço de água com sistema elétrico e mecânico para retirar água, uma produção de no mínimo 2000 kw de energia solar, além de baterias, armas e MUITA MUNIÇÃO e, claro, um bunker sempre bem abastecido periodicamente, com renovação do estoque e doações do que fosse próximo ao vencimento.

      Conheço gente autossuficiente com animais e algumas plantações. Mas não creio tanto nisso, pois num colapso as pessoas invadirão sua propriedade e te roubarão. Acho que o caminho é o isolamento seguro com insumos (suprimentos), para suportar talvez um ano de confinamento com sua família até a poeria baixar.

      faria todo esse investimento. Se sobrasse dinheiro, aí sim investiria em letras, títulos, bolsa etc. Mas, primeiro, a sobrevivência. Dinheiro derrete.

      Abraços!

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