segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Aldous Huxley, George Orwell e Turma da Mônica

Armas, tabaco e alguns maus exemplos de gente sem ética, pois assim é a vida, Charlie Brown!

A geração progressista do "vá estudar História" não estuda nada. Na verdade, não lê porcaria alguma, a não ser mantras e palavras de [des]ordem publicadas em redes sociais. Não é incomum que, ao se publicar alguma imagem de ícones do romance distópico, algum acéfalo - geralmente "estudante" de uma das milhares de universidades brasileiras - mencione o governo atual e exerça a excruciante ginástica cerebral de conectar figuras liberais e conservadoras ao totalitarismo retratado em tais obras. Quem leu Admirável Mundo Novo, 1984 e A Revolução dos Bichos (este último, pequena novela sem relação com distopia) e possui um mínimo de capacidade cognitiva sabe não ser bem assim.

Por favor, não joguem a obra de Huxley na vala comum dos malvadões "câncervadores". O trabalho dele gira essencialmente em torno do comunismo e tudo de mal que daí advém, sobretudo a ausência total de liberdade individual. Naquela existência distópica, existe apenas o coletivo. Crianças são fabricadas a educadas por instituições públicas, inclusive com estímulo à erotização precoce. Relacionamentos afetivos são desestimulados e instituições como o casamento não existem mais. O aborto é medida de profilaxia cotidiana. Os nomes dos habitantes são conferidos em homenagem aos heróis do novo regime: Lenina e Bernard Marx, por exemplo, pedem maior explicação? Lenina, anglicismo feminino para Lenin. Bernard Marx, dupla homenagem ao poeta Bernard Shaw - defensor de eugenia socialista - e ao gigolô Karl Marx. Para encurtar, há entrevistas com o autor onde o mesmo destaca seu medo em relação ao avanço do autoritarismo comunista sobre o mundo livre e o poder de suas evocações simbólicas, tudo presente em sua opus magnum. Aliás, o maior inimigo ao novo regime antevisto por Huxley seria o conhecimento clássico, cristão e conservador. Ad summam: a tradição ocidental. Não é à toa que tanto a Bíblia quanto a produção teatral e poética de Shakespeare - trazidas, no romance, por um "selvagem" - são as grandes ameaças ao sistema coletivista vigente.

Agora, vejamos alguns exemplos dos aspectos do totalitarismos de 1984 nas publicações do MSP. Primeiramente, algumas palavras devem ser evitadas. Ou melhor: nunca utilizadas, como se não existissem no vernáculo. Assim, por exemplo, ninguém pode falar "azar", mas, sim, apenas "má sorte". Esse é um dos aspectos da novilíngua de George Orwell, onde não existem palavras como "ótimo" ou "excelente". Ad hunc modo, você teria, em seus lugares, "plusbom" e "dupliplusbom", respectivamente. E assim, modificando a gramática , enxugando-a ao limite, domina-se a linguagem e, consequentemente, formas de expressão de ação e de pensar.

Em A Revolução dos Bichos, Orwell, desiludido com os rumos tomados na União Soviética, tece uma parábola bem humorada do que é, essencialmente, o socialismo. Reconheço que era natural, nos primórdios dessas discussões, a paixão por um sistema social e econômico onde todos efetivamente seriam iguais perante a lei. Assim, por exemplo, tivemos grande pensadores entusiastas do espírito revolucionário. George Orwell foi um deles, no início. E, assim como Bertrand Russell, se viu obrigado a reconhecer que aquilo não tinha nada de revolução do proletariado, pois a revolução não passava de uma pocilga onde banhos de sangue eram comuns em seus expurgos periódicos e a liberdade individual restringida a quase nada. Aqui no Brasil, e.g., temos o conhecido caso de Carlos Drummond de Andrade, poeta que chegou a cantar líderes revolucionários e, mais à frente, antes mesmo da abertura dos arquivos de Moscou, realmente conheceu do horror marxista quando posto em prática e, crítico mesmo discreto do socialismo, passou a ser execrado por seus pares intelectuais de esquerda. Na novela de Orwell, é impossível não enxergar nos porcos Snowball e Major as figuras de Leon Trotsky e Karl Marx, respectivamente. E o barrão Napoleão, indiscutivelmente, é a reencarnação, em pura banha suína, do ditador Stálin. A doutrina do Animalismo, pregada pelo chiqueiro, nada mais é do que o comunismo. E o infeliz fazendeiro Jones, expulso de suas bem cuidadas e produtivas terras, a família do Czar e a pequena classe média.


Trechos retirados do temático Disney Horror, Ed. Abril, 2012.

A linguagem politicamente correta amarra a expressão de maneira cruel, com corrente e arame farpado. E anda de mãos dadas com a modificação do passado. Quem domina a História, domina o presente. Logo, se perpetuará no Poder. É assim, por exemplo, que republicações da Turma da Mônica passam por maquiagens onde armas e fumígenos, por exemplo, são extintos. Recordo bem de uma HQ onde Dudu atirava com pistola de água em seus adversários. As pistolas foram apagadas e a água ficou saindo de seus dedos. Isso mesmo: o pirralho disparava água pelos dedos, na modificação. Coisa feita para desmiolados. Além, claro, de roteiros pífios, artes que nada acrescentam e mais parecem carimbos numa folha de papel e, corriqueiramente, o uso de pautas desagregadoras e progressistas em seus roteiros, como, agora, fazem como a Graphic MSP Tina - Respeito, onde, para variar, o feminismo se apresenta como movimento sempre justo num mundo onde todo homem é naturalmente um assediador - para não dizer "estuprador" - em potencial. Tina precisa impor respeito aos homens, à masculinidade tóxica, pois apenas homens esclarecidos (leia-se "feministos manginas") é que seriam legais. Machos tradicionais não passariam de escrotos.

Não pretendo me estender tanto nesta postagem. Para quem mantem dúvidas e ainda não foi plenamente contaminado pelo lugar-comum das aulinhas escolares com livros made in MEC (Brasil está em penúltimo lugar no ranking de qualidade na Educação, sob a batuta de seu patrono Paulo Freire encabeçando todo esse lamaçal de ignorância onde nos afogamos), recomendo a leitura dos livros acima sugeridos. São obras curtas. Vale a pena dedicar algumas horas a elas. Depois, compare tudo com a agenda progressista posta em prática, atualmente, por nossa grande mídia. E, se você for consumidor dos quadrinhos Turma da Mônica, dê uma lida no material sem os óculos da parcimônia. Eu mesmo prefiro, hoje, reler material das fases Abril e Globo do que gastar um real que seja com essas tranqueiras. Para material novo, basta investir em publicações Disney da Culturama, e olhe-se lá por quanto tempo. E, falando em Disney, recordo que a Abril só se rendeu à censura durante o período mais sombrio do regime militar, modificando, nas HQs, menções a tabaco e à bebida alcoólica, por exemplo. Atualmente, não existe censura ao material, exceto, certamente, a fiscalização do bom senso: sexo, nudez, uso de drogas ilícitas etc..

A Turma da Mônica sempre estará em meu coração. Foi importante para minha infância, redescoberta na adolescência e, como adulto, ainda esteve presente em minha vida de colecionador de quadrinhos. Não raro, releio algumas HQs da Coleção Histórica, de meu acervo físico ou digital. As criações de Maurício de Sousa foram essenciais à formação do leitor brasileiro. Seus estúdios nos deram muitas alegrias e emoções. Contudo, acabou. Seja o que for, hoje, o Maurício de Sousa Produções é algo que não sei bem definir mas que, certamente, não agrega nada ao desenvolvimento intelectual de crianças e passa longe de entreter adultos e adolescentes com o mínimo de inteligência. Sem saber sabendo (parodiando com trocadilho o Chaves de Bolaños), o MSP assume uma agenda pretensamente "antifascista" e por um tal mundo melhor. Entretanto, estão apenas endossando o velho pensamento anônimo de que "Os fascistas do futuro chamarão a si mesmos de antifascistas", reescrevendo a própria história do estúdio, trabalhando em nova linguagem limitadora de formas de pensar e, com isso, criando monstros que povoarão esse Admirável Mundo Novo.

A seguir, anexo curto vídeo onde mostro um pouco de minha coleção Turma da Mônica. Há bastante material merecedor de ser conservado. Da fase Panini, dei quase tudo, em torno de cem revistinhas.

Abraços e até a próxima, camaradas.

30 comentários:

  1. Olha o aviso do blogger que apareceu quando fui entrar nesse seu post:

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    1. Olá, MIN.
      Há algum tempo o marquei como conteúdo adulto, para assim evitar algum estresse com a geração floco de neve que não goste de alguma imagem ou de eventual vocabulário dito chulo.

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  2. Comprei duas edições zero da Disney Culturama, fazia décadas que não lia Disney, tirando uma edição desses clássicos da Abril com capa dura, que achei tão chato que nem terminei e vendi. Igualmente, achei essas edições 0 muito chatas. Não são ruins, mas não é pra mim. Prefiro TdM mesmo.

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    1. Não comprei muita coisa das edições de luxo da Abril. Mas o pouco que comprei, gostei. Queria ter adquirido a biblioteca Don Rosa e a coleção de Barks. Não foram para frente, mas os números lançados valeriam a pena. Penso que aí vai a questão do gosto pessoal, pois achei todos os volumes comprados muito bons. Mas, se comparados com a TdM antiga, realmente esta última era, quase sempre, de boa à excelente.

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  3. Fico pensando se a ditadura do politicamente correto da MSP veio de dentro da fora ou se foi uma adequação ao mercado para eles continuarem vendendo bem? Parei com as MSP em Astronauta 2, que é uma porcaria. Entendi ali que essa coleção não era pra mim. Contundo, li por scan a graphic do Jeremias - Pele (sempre leio "Pelé", rss!) e até que não achei tão ruim assim, tirando uma cena que o pai do Jeremias é revistado e humilhado por dois PM's (afinal, a PM é sempre "facista" e "racista") e só não foi preso sem motivo porque portava uma carteira de trabalho... mas comprar, não compro mais nenhuma, muito embora eu esteja curioso quanto a graphic do Horácio. Sabe dizer se essa é boa?

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    1. Acho que um pouco de tudo. Basicamente, todo convidado para o selo graphic deve ser alguém afim com alguma pauta desmiolada. E tb não simpatizo com o comportamento em rede social de alguns membros do Estúdio. Mas... cada um na sua. Apenas mantenho distância. Eles que vivam em sua redoma.
      Só falta alguma HQ onde Mônica faça um aborto aos nove meses de gestação porque desistiu de ter o filho, o Cebolinha mude de sexo após o fato e Magali, então um homem trans, se torne seu marido. Tudo para lacrar, em roteiro pífio e arte mais ou menos.
      Percebo que esses roteiros são feitos para "lacrar" apenas. Não conseguem envolver. Há décadas, Alan Moore falava sobre meio ambiente, sexismo e racismo em Monstro do Pântano. E é algo bom de ser ler até hoje. Por que era tudo contextualizado.
      HQs Disney, por exemplo, abordavam feminismo com Margarida há décadas, e agradava a todos.
      Enfim... desisto mesmo de MSP. Dinheiro jogado no mato.
      Abraços e bom demais revê-lo aqui.

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    2. Gosto dos seus textos que vão além do óbvio, um prazer lê-los! Fiquei um tempo fora por conta do nascimento da minha filha e também porque estava trabalhando bastante e tocando uns empreendimentos pessoais. Ah, caso não saiba (certamente deve ter sacado)eu às vezes comento com um outro perfil no seu blog, chama-se Estante Nerd.

      Abraço!

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    3. Ah, mudando de assunto, comprei um charuto que vc indicou, acho que o nome era Cohiba, bastante bom! Custou algo em torno de R$25. Outro dia vi um outro o qual não me lembro a marca, custava R$70 uma unidade! Fiquei curioso em comprar só por causa do preço, maldito neuromarketing, hahaha! Já fumou charutos nessa faixa de preço? Compensa?

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    4. Te confesso que não sabia que Estante Nerd é seu espaço também. Às vezes via textos espelhados, mas imaginava que isso se devia a alguma parceria entre os blogues.
      Nunca indiquei nenhum Cohiba até porque ando meio longe dos estrangeiros. Ando tentando nacionais e vendo os que mais se adequam ao meu paladar e, claro, ao meu bolso. Acho que vc se refere aos da Siboney.
      Tenho muito receio de importados de má procedência e acabar fumando porcaria a preços elevados. Alguns nacionais chegam a R$ 70 facilmente. Alguns Dannemann, por exemplo, são bem caros e fazem questão de se manter assim. Claro que a tributação não ajuda. Mas penso que os nacionais de boa qualidade poderiam ser mais acessíveis.
      Se compensa sendo original? Claro. Bem estruturados, queima regular do começo ao fim, sabor suave, amargor quase nulo. Uma maravilha... Se eu fosse rico só fumaria charutos assim.
      Parabéns pelo nascimento de sua filha. Como falei em seu blogue uma vez, também possuo uma. É e será filha única. Foi inesperada para mim mas acabou se tornando a razão de minha vida. É algo mesmo sem explicação. Destaco a condição de filha única (ao menos de minha parte) porque este mundo não está fácil para se entulhar de crianças.
      Abraços!!!

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    5. Sim, me confundi, era um Siboney!
      Minha filha também foi inesperada, mas gostei tanto que já penso até em ter outro (ou melhor, outrX | outri, pra não ser machista), mas é financeiramente inviável pra mim.
      Abraço!

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    6. É sempre assim. Por nós, teríamos até 10 pra fechar a conta certinho. Mas hoje em dia...
      Se se decidir mesmo não ter mais, encerre a fábrica, passe logo a faca nos ductos deferentes, pois novas surpresas podem surgir.
      Abraços!!

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  4. "o pirralho disparava água pelos dedos, na modificação." - os novos tempos e sua loucura

    vou ver o vídeo quando chegar em casa

    imagino que daqui a 20 anos não haverá leitores do MSP ou os leitores serão todos idiotas

    essa "coleção histórica" deve ser o último baluarte do bom gosto desse universo. pena que é tão complicado de achar, senão colecionava

    vc podia, se tiver saco, publicar uma lista das melhores estórias da turma da mônica de todos os tempos, já que vc é um leitor antigo. seria algo inédito e um legado para os futuros leitores.


    abs!

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    1. ScanT, difícil essa tarefa. Mas há um cara que já faz isso muito bem e realmente conhece do assunto como poucos. Trata-se do Marcos do Arquivos Turma da Mônica. Abraços!

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    2. Scant, esse site faz mais ou menos isso ai que você pediu: http://arquivosturmadamonica.blogspot.com/

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    3. Esse mesmo... O cara manja de tudo relacionado a TdM.

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  5. "e uma estilo Clássicos de Cinema que você me mandou"
    Não lembrava. Houve uma época que passei muitas HQs para frente. :-)
    Fico feliz que tenha gostado!
    Abraços!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Meus parabéns. Caí de paraquedas no teu blog, procurando no Google sobre a edição 1 de "Histórias Curtas" que a Culturama deu de brinde aos assinantes Disney no box 5. Coleciono Disney desde 1999, leio Pato Donald desde que me entendo por gente. É a primeira pessoa que conheço quem coleciona Disney e que sabe falar de outro assunto, em um nível tão bom. Obrigado!
      Bruno Duarte
      (Acabei de ver que tu fala sobre Ayako - Osamu Tezuka é minha outra paixão, junto com Lanterna Verde - e o Relatório de Brodeck... sensacional)

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    2. Um brinde sem dúvidas melhor do que aquele copo ou outra bugiganga qualquer. Eu mesmo faria essa assinatura, mas sou resistente com essas coisas. Prefiro mesmo comprar apenas o que quero quando quero e posso. Me ajuda até mesmo a tentar manter o controle sobre minha leitura. Mas torço pelo sucesso das assinaturas da Culturama e que, com isso, ela tenha uma vida saudável nos quadrinhos.
      Fico grato pelo comentário. É muito bom ler isso.
      Quanto ao Lanterna Verde, ando meio afastado - não sei o motivo, rs - de revistas de super heróis. Mas isso é meio uma fase. Cedo ou tarde, retorno a eles. Tento dar chance a tudo. Só que haja tempo.
      Abraços!!!

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  7. Não é isso. Não recordava de imediato (aquele tipo de memória fresca) porque minha cabeça não funciona assim. Ainda mais recentemente onde passei por diversos problemas pessoais e parece que a memória ficou ainda mais em "modo econômico". Uma forma de defesa, penso, para não dar curto-circuito.
    Só para destacar algo: há quase dez anos inventei de manter um blogue por causa de dois sites: Paulo Gibi e Socializando HQs. Eu via seus links para o Socializando, salvo engano, em uma comunidade no Orkut. Gostei tanto daquele trabalho que comecei a pensar que seria interessante eu poder escrever, também, sobre coisas que gosto, especialmente quadrinhos. Assim, comecei imitando você e o Paulo.
    Ler suas postagens, até hoje, me dão a mesma gratificação.
    Abraços, meu caro amigo perto-distante. A vida eletrônica tem dessas coisas, desses relacionamentos insólitos.

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  8. Que nada, me sinto até bem te contando isso. Saudades daqueles tempos quando blogs faziam parte de uma grande comunidade...

    Abç! Tudo de bom também!

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  9. "A Turma da Mônica sempre estará em meu coração. Foi importante para minha infância, redescoberta na adolescência e, como adulto, ainda esteve presente em minha vida de colecionador de quadrinhos."
    Devo ser mais antigo que você, 46 anos, e essa frase também é verdadeira para mim. Tenho na memória muitas historinhas da Turma que tento resgatar procurando em scans por aí. Em papel, busco republicações desde que sem alterações radicais do conteúdo (que acabam me tirando o prazer da leitura e, confesso, me aborrecem). Tenho as edições comemorativas de 50 anos e o livro que mostra o início da carreira do Maurício, a gênese dos personagens. Descolei também um livrão bacana (Globo) com as as primeiras historias da Turma e um outro mais recente com as historinhas do Horácio publicadas no suplemento infantil da Folha de São Paulo.
    Ainda encontro essa edição da Mônica 30 anos em bom estado. Ela tem uma galeria incrível de versões de personagens do Maurício por artistas lendários, talvez a semente das Graphic MSP e Maurício 50 anos.
    Esses tomos encadernados com a fase Abril ficaram incríveis! Abraços!

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    1. Por isso me pego perguntando se o Maurício, como artista, como quadrinista, não sente nenhuma pontada de decepção ao analisar bem o teor de material tóxico e baixo nível (arte e argumento) que anda publicando. Suas revistas caíram do céu ao abismo em poucos anos, no aspecto qualitativo.
      Acerca dos encadernados "artesanais", ainda republicarei mais acerca do assunto, especialmente dos que fiz por minha conta.
      Abraços

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    2. Ótimas considerações.
      "Eles estão fazendo do Maurício um personagem."
      Idade avançada, cansado, sem poder reagir e entregando cada vez mais decisões editoriais e comerciais a "especialistas". Eles seguem o caminho comercialmente correto, lacram, aos poucos soterram a TdM, pulam do barco antes antes do naufrágio artístico que a longo prazo poderá, sim, atingir as vendas e... Ok. TdM será uma bela e saudosa recordação. Acho possível isso ocorrer.
      O conteúdo da Turma tradicional de tão ruim não segura sequer crianças por muito tempo. As bancas estão em estado terminal e acho que pouca gente correrá atrás das HQs noutros pontos de vendas e sites.
      O lacre é bonito no início. Mas não dará a garantia de sucesso que tanto esperam, no longo prazo. Sem grana pública em projetos, parcerias que deem retorno mais à frente, não deposito fé.
      Enfim, que curtam os momentos felizes em suas bolhas. O que já foi publicado dá para ler e reler por anos a fio.
      Após a bancarrota até os ratos pulam fora. Até lá penso que o grande Maurício não estará entre nós.

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  10. Esqueci, ainda com relação a essa sua postagem, republique por favor o texto sobre o Antonio Gramsci, FHC e Lula. Obrigado!

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    1. Não encontrei backup daquela postagem... Acho que não encontrarei mais. É uma pena porque, inclusive, era um texto em construção constante.

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    2. Opa ainda nao. Nem sabia de sua existência. Valeu pela dica. Vou conferir.

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    3. Acabei de conferir e já estou achando muita coisa que pensava estar perdida. Muito obrigado, Micro, pela valiosa sugestão.

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