sábado, 4 de maio de 2024

A saga do feijão humano no mercado financeiro


Imagem gerada por inteligência artificial.

Alerta de achismo: tudo aqui é palpite e posso estar bastante errado. Aliás, é bem provável que eu esteja mesmo. Mas não consigo enxergar a coisa de outra forma. Só acredito realmente que o mercado financeiro é arapuca para sardinhas e que somos todos feijões humanos.

Não entendo de investimentos e daí vêm as groselhas que escreverei. Mantenho um conhecimento raso sobre o assunto apenas porque sou curioso e gosto de tentar entender um pouco sobre vários assuntos. Assim, fico de olho no que dizem amigos sobre seus aportes. Mas, realmente, é algo que não faz sentido para mim. E não invisto porque meu dinheiro é aportado em ações como comida, água e energia elétrica, roupas, escola para criança etc. Fora o lazer! Criança gasta muito dinheiro com lazer, hoje em dia. Cada passeio num final de semana consome uma nota, sem contar as coleções no universo de bonecas LOL, Baby Alive e Barbie, além de aplicativos pagos e suas moedas, como Toca Boca, Roblox e Free Fire. E, claro, faço questão de prover tudo isso à minha filha.

Em resumo: não me sobra mais nada para investir e o que sobra guardo para viajar anualmente, como um bom representante da classe "mérdia", pois a vida é curta e vejo pessoas morrendo aos montes à minha volta. Então vivamos. E também mantenho um custo de vida de bonobo que rasga dinheiro: uso bastante carro, minha casa está sempre geladinha com ar condicionado ligado e, embora coma de tudo, não dispenso meus peixes e carnes nobres (graça a Deus, a picanha do Lula sempre me chegou). Olhando as contas mensais, constatei que, só de salmão, gastamos em torno de mil reais ao mês. Se dobrassem o preço, eu continuaria comprando. Nunca deixei de comprar o que gosto porque ficou mais caro. Trabalho para isso.

Mas, repetindo: não me sobra nada. Nem faço questão que sobre. E entendo um pouco do mercado de ações, "produtos bancários", investimentos em rendas fixa e variável etc. E não me parece fazer sentido ainda hoje. Esses dias, o Scant - um aportador que, percebo, encontra prazer no mundo dos investimentos e manja bem do assunto - postou que a inflação acumulada desde o Plano Real chega a 653%. Então qual o sentido em meter grana em ações, letras e títulos diversos, aqui? Para resgatar, te comem uma bolada e, no final das contas, todos os "ganhos" foram devorados pela desvalorização da moeda fiat. É lutar para poupar para ver o suor indo para o ralo. Prefiro comer salmão e wagyu todas as semanas e ver minha filha feliz com as amigas em seus lazeres cotidianos. A moeda fiduciária é igual ao amor: que seja eterna enquanto dure. Quando tudo for pro buraco, destaco sempre que sei plantar, criar e caçar.

Os investidores podem sorrir de mim diante disso. Não ligo. Francamente, o mercado financeiro, para mim, é uma enganação para sardinhas. É muito esforço e limitação para tentar emular os tubarões e seus gordos aportes com ganhos, na verdade, sobre os pequenos. Além do que ricos têm acesso ao primeiro volume de dinheiro recém gerado, tomam crédito a fundo perdido, vivem conseguindo benefícios fiscais e acordos diversos com várias esferas do Poder Públicos. Rico come caviar geladinho como quem come pipoca, toma champanhe de verdade, come xoxota de modelos fitness e, com o troco, faz seus aportes. Ou seja: nem suou para isso. Mas percebo haver uma ilusão de riqueza hoje em dia. São os "primos ricos" da finansfera, que ficaram ricos vendendo cursos, parcerias e sobretudo com AdSense e juram que cresceram com os mesmos ensinamentos que ofertam. Thiago Nigro e Nathalia Arcuri ficaram ricos com redes sociais! O resto é... o resto. Muito influencer das finanças é rico, hoje, graças a cinco milhões de inscritos no Instagram, e não pelo vasto conhecimento sobre boas jogadas financeiras.

Também há os casos do "cresci do nada". Vi isso com dois colegas de trabalho, investidores dos mercados financeiro e imobiliário. Gente que construiu um prédio inteiro para alugar apartamentos, por exemplo. Passados anos, descobrimos que um deles embolsou prêmio milionário de um bolão da Loteria e assim deu o impulso à sua independência financeira e outro herdou mais de 20 milhões (sim, esse valor mesmo) do genitor, um senhor sovina que mal comia e cagava para não gastar boca e cu. Antigamente, homens ainda construíam riquezas. São os caras que "sabiam fazer dinheiro", se metendo em tudo que realmente gerava riquezas para o país. Mas essa geração acabou há anos. Hoje o sujeito enriquece com dicas para enriquecer. E ainda manda você economizar até no cafezinho! Nunca esqueci aquele vídeo onde o Thiago Nigro falou isso. Desde aquele dia, nunca mais acompanhei nada do gênero e passei a torrar como se não houvesse amanhã - aliás, não haverá.

Thiago Nigro também foi do coro "rico não tem casa própria". E muita gente ainda hoje insiste em não ter imóvel próprio. Recentemente, vi que cidades portuguesas e espanholas estão em crise imobiliária. Conquanto com ruas desertas, quase fantasmas com casas vazias, tantos os nativos quanto imigrantes estão morando igual a mendigos porque não conseguem alugar mais nada, tampouco comprar, diante de regras cada vez mais esdrúxulas e pelos altos valores. De que adianta poupar e residir em imóvel alugado quando apartamentos do tamanho de ovo estão triplicando de preço em pouco tempo? Qual a lógica disso? Os primos ricos e pobres não explicam! 

Enfim: minha mente pequena não comporta o mercado financeiro. Se eu tivesse muita grana sobrando, meteria tudo em dólar, franco suíço, ouro e Bitcoin. E pronto. E ficaria como todos os demais - aguardando o colapso. Este país está fodido. Acho que o mundo está, aliás. Todo esse movimento de papel moeda é ilusório. Faltará dinheiro para aposentadorias, programas sociais e funcionários públicos. E acreditem: os governos não deixarão essa grana e seus "dividendos" conosco, não. Tubarões bem relacionados sempre se darão bem; os demais, não. Estamos todos fodidos. Não existe segurança jurídica no Bostil.

Vou ficando por aqui. Comprem meu curso do "um real a dois trilhões"! Impulsionem minhas postagens e fiquem ricos! Quem pensa rico, fica rico. Abraços milionários e até a próxima merda qualquer que escreverei aqui.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Gossip Old Man - O Coroa do Blog

Não acesso muito Instagram e o deixo totalmente no silencioso. Aliás, tudo em meu telefone é no silencioso há anos e anos. Mas no caso do Instagram não recebo nem notificação. Então o vejo esporadicamente, quase uma vez por dia. Foi curioso que, ali, cheguei a receber mensagens de pessoas desconhecidas, adicionadas porque me adicionaram. Quando passei mais tempo sem postar nada, fui perguntado por esses estranhos se abandonaria o blogue etc. "Meu Deus, quem são essas pessoas que nunca comentaram no site?". Internet ainda me é algo curioso. E essas interações me fizeram pensar a respeito de algumas coisas.

Foi bom ter nascido numa época analógica, com limitações no acesso à informação e, hoje, na maturidade, ter acesso à internet em alta velocidade. É que, assim, cresci numa infância saudável, sem bitolação de redes sociais, com bastante tempo livre para estar nas ruas brincando; e, na adolescência, jogando conversa fora com os amigos. As diversões eletrônicas, aliás, eram caras e limitadas. Então só restava bestar, fica à toa, esperar algum filme exibido "pela primeira vez na televisão" na Tela Quente, lendo gibis e livros diversos escolhidos sem critério algum: o que caía às mãos. E, na maturidade, tivemos acesso à estrada do futuro. Pude criar, assim, uma história com a internet, desde os primeiros acessos em modem de 56 kbps até o advento da banda larga.

Minha história com a internet e como a utilizei para interação pode ser conferida na apresentação do blogue. Ali, percebemos como tão rapidamente plataformas surgiram e sumiram, quase do dia para a noite. E creio que um dia será vez do Blogger. Algum dia, seremos apenas avisados que dentro de um mês esta tecnologia encerrará. Isso me faz pensar que os estranhos que me perguntam sobre este espaço estão querendo apenas saber se eu não cansei desta merda e que a internet seria mais limpa sem o empreendimento Neófito Publicações Recreativas Corporation - ou apenas "N.P.R.C.".

Ainda acho espantoso que um site pessoal vingue em tempos de consumo de informação por vídeos, em lugares como YouTube, TikTok e Instagram. Algumas pessoas teimam em ler blogues e, aqui, consigo uma média de cinco mil acessos ao mês, às vezes um pouco mais; noutras, menos. Na era de ouro deste chiqueiro, a média era de 2000 views ao dia. Consegui até mesmo ser monetizado pelo próprio Google AdSense, o que achei estranho, pois havia me rejeitado antes e depois de muito tempo me enviou e-mail para habilitar. Ainda tentei monetizar tanto pelo próprio Google quanto por outro serviço. Mas as propagandas poluíam tudo a tal ponto de me dar agonia. Como blogues pagam uma merreca, resolvi excluir os anúncios definitivamente.

Naturalmente, tentei ir para o YouTube, fazendo backup no Rumble. Mesmo esta empresa tendo vazado daqui devido à censura, os vídeos continuavam sendo upados lá, podendo ser acessados por aplicativos de celular (não entendo o porquê); ou, se via Windows, com VPN. Mas esta semana solicitei o encerramento da conta e, logo, de todos os vídeos ali guardados. Me pediram 30 dias para efetivar a solicitação. Fiz isso por não desejar guardar meu conteúdo. Se algum dia o YouTube me banir, tanto faz. Que desapareçam com tudo ali postado. E tomei a mesma resolução com este blogue. Procurarei mantê-lo vivo, mas não farei mais backup de nada. Salvei apenas resenhas de livros por me servirem como fichários. O resto não importa. Se tudo acabar enquanto eu estiver vivo, que seja.

Abraços blogueiros e até a próxima.

Dados colhidos ontem. 👆