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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Jim Rogers e o Brasão de Armas do Brasil



De acordo com Jim Rogers, quando o colapso do dólar e do endividamento público chegarem - e, logo, de todo o sistema financeiro podre como o conhecemos -, países exportadores de commodities conhecerão um bom momento em meio à turbulência. Não é à toa que, desde já, investidores em milho e boi têm bons resultados. Para quem não sabe, Jim foi co-fundador do fundo Quantum (ou grupo de fundos), junto com George Soros (o globalista que, no momento, está se desfazendo de mais da metade de sua participação no mercado financeira para comprar terra e metais). Ainda da própria boca desse gênio das finanças, a melhor alocação de grana, no momento, é em terra onde ainda é barato adquiri-la, especialmente na África. Muita gente está seguindo seus conselhos.

Mantenho um brasão da República sempre salvo na área de trabalho de meu computador porque preciso usá-lo em vários documentos que redijo. E acho significativo pensar nos conselhos que ele nos dá, bem parecidos com o de Jim Rogers. De acordo com informações do Planalto, o Brasão de Armas do Brasil foi desenhado pelo engenheiro Artur Zauer, por encomenda do Presidente Manuel Deodoro da Fonseca. Além do céu azul-celeste, encontramos nossas riquezas representadas por um ramo de café frutificado e outro de fumo florido sobre o resplendor do ouro.

Na dúvida quando pensar em investir o que lhe sobra, lembre-se desse símbolo nacional.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Pai Rico Pai Pobre: Como Investir em Metais Preciosos - Michael Maloney


Iniciei o interesse por metais há muitos anos, mais devido à curiosidade numismática. Comprei minha primeira moeda "rara" (nem tanto) aos dezesseis anos de idade, num antiquário. Tratava-se de uma moeda de 40 réis de 1873. O restante em meu poder eram unidades colhidas a esmo ou recebidas por alguns parentes e conhecidos. Após um tempo, passei a ter interesse por peças em metais nobres em geral, especialmente lingotes de refinadoras específicas ao redor do mundo. Certamente, era uma paixão meio platônica, vez que um estudante não se pode dar ao luxo de colecionar peças assim. Passados alguns anos e já "bacharel com o canudo embaixo do braço", voltei a me enveredar por este mundo, de maneira discreta. Já estava trabalhando e poderia, aos poucos, comprar alguns pedaços desses vis metais.

Em resumo: é um nicho que me interessa; algo cultivado de maneira discreta, sem arroubos. E, com um tempo, passei a notar que serviria até mesmo como investimento a longuíssimo prazo e importante reserva de valor em eventual momento de crise, desvalorização da moeda nacional ou do dólar e, especialmente, diante da hecatombe financeira global que, cedo ou tarde, virá. Estamos de acordo que o Bitcoin chegará a R$ 20.000,00 talvez em pouco tempo. Contudo, me pergunto por quanto tempo economias centralizadoras deixarão exchanges atuarem livremente com criptomoedas e como fecharão o cerco nas negociações em geral, inclusive com tributação mais ferrenha sobre ganhos e alguma forma de fiscalização mais eficiente. Algo acontecerá. Ao menos ouro e prata estão no páreo há mais de quatro mil anos, sem derrota.

Mesmo me interessando tanto pelo assunto, apenas esses dias comprei o li o Como Investir em Metais Preciosos de Michael Maloney. A obra faz parte do selo/franquia/divisão Pai Rico. O título poderia ser revisto, já que a obra o convence a investir em metais, esclarece o porquê disso com centenas de exemplos de crises e disputas ao longo da história e traz fundadas projeções para adiante. Contudo, não se dedica tanto a nos dizer "como investir". Foi, no geral, uma leitura interessante com bastantes informações. Muita coisa ali, para mim, não foi novidade. Só que aproveitei bastante do texto e seus gráficos claros e objetivos sobre como o ouro, ao longo de nossa curta história financeira, sempre se saiu vencedor.

O autor dividiu o trabalho em quatro partes: Ontem, Hoje, Amanhã e Como investir em metais preciosos. Foi bem didático em cada capítulo; creio não deixar que o leitor adiante-se no texto com alguma dúvida.

O livro é curtinho. São em torno de 160 páginas com fonte e espaçamento generosos. O papel é meio fino e isso cansa a visão com aquelas letras da página seguinte que podem ser vistas na anterior. A tradução ficou com Eliana Bussinger, autora de outros livros pela mesma editora Campus-Elsevier e conhecida no mercado financeiro para leigos.

Aqui no Blogue tenho diversas postagens em vídeo sobre como investir, no Brasil, em metais preciosos, especificamente ouro e prata. E recomendo este livro para quem quer conhecer melhor a trajetória dos metais preciosos através dos tempos.

Abraços a todos e até a próxima.


sábado, 11 de março de 2017

Bitcoin e ouro



Peter Schiff, chefe executivo da Euro Pacific Capital notadamente conhecido por nunca errar a longo prazo, comentou certa vez que o bitcoin seria "ouro de tolo digital". Acho que ele não quis dizer que quem investe na criptomoeda é estúpido. Mas, talvez, que quem acredita em sua ascensão constante a longuíssimo prazo seria tolo, especialmente quando a sobrepõe até mesmo aos metais preciosos.

No dia 02 deste mês, o bitcoin bateu o ouro em preço. No Brasil, ele já vinha batendo o metal em volume de negociações há pouco tempo. Claro que, neste caso, levaram em consideração apenas os dados do mercado de futuros. O ouro que circula como mercadoria e como ativo financeiro no mercado de balcão ficou de fora do cálculo. E, convenhamos, apenas pessoas desavisadas compram ouro na BM&F. Mas, enfim: o bitcoin acima do ouro é significativo para atestar as vantagens do sistema e ao mesmo tempo também é um indicativo perigoso. Falo em perigo porque, mesmo o reconhecendo como ótima forma de reserva de patrimônio, acredito em suas limitações. Haverá uma bolha. Quando? A resposta a essa pergunta vale ouro. Ou melhor: vale bitcoins.

Dizer que o bitcoin bateu o ouro é complicado pela inexistência de parâmetros. Veja bem: são mercadorias incompatíveis. O metal é físico e sua aquisição dependeu, ao longo da história, de muito esforço (mineração e guerra, em ambas com perdas de vidas). Já bitcoin mantém hoje, como milionários, anônimos que estavam envolvidos com o sistema desde o início e que, com apenas um notebook, mineravam vários bitcoins por mês. Hoje, apenas uma grande força computacional consegue, após horas e horas de processamento e consumo de energia, um bitcoin. Então utilizaram como parâmetro o preço da onça troy do ouro (31,103 granas), a medida padrão do mercado. E, veja bem: para se obter uma onça de ouro fino é necessário minerar toneladas de rocha, muita gente envolvida no processo e um consumo enorme de energia. Ou então reciclar de outro produtos.

A grande vantagem do bitcoin sobre o ouro, em termos de investimento (sim, porque são reserva de valor e investimento ao mesmo tempo), é estar fora do sistema financeiro. Quem mantém o preço da onça troy do metal no fundo do poço é o mercado financeiro, o vendendo a descoberto há décadas. Já foi vendido mais ouro no mercado de futuros do que areia no deserto do Saara. Vendendo algo que não existe, jogam o preço para o buraco. Fazem o mesmo com prata, platina, paládio e ródio. E isso terá resultados catastróficos mais à frente, pois, além de sempre servirem como lastro para as moedas das nações, metais preciosos têm aplicações médicas e industriais relevantes.

Resumidamente: essa marca do bitcoin é notável e remunerará bem quem acreditou na “moeda” mais cedo. Hoje, contudo, não acho que haverá tanta vantagem em se investir pesado em bitcoin. Suas grandes vantagens ainda são: a) ausência de controle governamental; b) portabilidade; c) divisibilidade; d) sobretudo, transferência de recurso sem custo elevado. Nunca vi instrumento melhor para se lavar dinheiro, até hoje, do que bitcoin. Talvez diamante! Contudo, o mercado de pedras em geral é o mais anárquico do planeta e em relação a diamantes seu valor não se faz em razão apenas de quilate, mas também considera elementos como cor e corte, ficando no final das contas com um preço ao sabor de quanto pedem e de quanto estão dispostos a pagar. Assim, chegamos onde queria: os ataques do Estado contra as exchanges de bitcoins se tornarão cada vez mais corriqueiros e a tributação sobre vendas com ganho bem maior, além do fato que bancos centrais ao redor do globo já se unem para tentar gerir uma criptomoeda própria, de fácil movimentação.

Torço para que o preço da criptomoeda suba a US$ 10.000,00 até o final de 2018 e os metais preciosos despenquem. Seria interessante ouro sendo vendido a preço de cobre e, assim, gente como eu comprar ainda mais esses inúteis pedaços de metal cinza e dourado. Em cinco mil anos, estes nunca perderam uma guerra - apenas poucas batalhas. Quem souber o momento certo de sair do bitcoin, terá um ganho até então impossível em qualquer outro nicho. Contudo, acho que desde de agora, tornou-se uma aquisição de grande risco, podendo aumentar subitamente de valor a qualquer momento até como cair sem aviso prévio.

Todo o ouro extraído do planeta, se fundido numa gigantesca barra, teria em torno de 20m³. Não é muito. Eu poderia depositá-la em meu quintal, dependendo do formato (tenho um quintal enorme, onde planto árvores e crio galinhas). E acesso a novos veios do metal está cada vez mais difícil, pois o investimento é enorme e a legislação ambiental dificulta a mineração. Basicamente, só podemos reciclar o metal existente, sendo que mais de 10% é consumido anualmente em atividade industrial e, francamente, nunca iremos reciclar cada chip do mundo.

Veja bem. O ouro é consumido enquanto mercadoria. Ele não funciona apenas como ativo. Assim, acreditar que o bitcoin baterá o ouro a longo prazo é meio pueril. O bitcoin é uma mercadoria sem aplicação alguma a não ser alocação de recursos, hedge e ótimo instrumento, por enquanto, para esconder receitas e migrá-las. O ouro se tornará cada vez mais escasso. A prata, então, nem se fala. A quantidade de bitcoin será imutável após toda a mineração ou, talvez, continue até crescendo - sim, acho isso possível. Nossas reservas de metais preciosos são reduzidas a cada ano. Pense nisso.



segunda-feira, 6 de março de 2017

Bitcoin ou prata



No início deste mês a prata esteve pouco acima de US$ 18,00 a onça troy (31,103 gramas). Bom? depende. Para mim, isso é um tapa na cara dos mineradores, especialmente nos que se dedicam a minerar prata como finalidade principal. Na prática, quase 70% de toda a prata que maciçamente consumimos em emprego industrial vem como subproduto da mineração de outros metais, como, por exemplo, cobre e chumbo.

Ninguém quer mais investir na mineração direta, pois o contrato no mercado de futuros jogou o preço da onça no lixo, vendendo a descoberto (venda fictícia, sem ter a prata física) mais de 80x (sim, oitenta vezes) o que se pode realmente obter. E o trabalho de recuperação de metais não é barato, para reciclar o metal. A ganância do mercado financeiro - especialmente dos mandachuvas do COMEX - é voraz e sem limites. Acredita-se que em torno de duas décadas não haverá mais prata suficiente para emprego industrial: condutor elétrico e térmico, refletor, catalisador entre tantas aplicações.

Além do quadro acima, os indianos estão proibidos de adquirir ouro desde o recente golpe do Governo contra a rúpia. Para quem não sabe, as notas de 500 e 1000 rúpias foram retiradas de circulação sem aviso prévio, do dia pra noite, dentro de um país onde apenas 30% da população confia no sistema bancário. População, salvo engano, de mais de 1,2 bilhões de seres humanos que foram massacrados pelo governo "socialista de castas(!)" e os amigos banqueiros. Isso tornou as pessoas ainda mais descrentes na moeda fiduciária e, agora, estão alocando muita grana e patrimônio em prata e bitcoins.

Para quem for esperto, essa manobra dos governos e instituições financeiras contra a prata é um favor. Você pode tirar proveito disso mantendo alguns quilogramas do metal em casa. Dá para comprar bem barato, ainda, até mesmo como junk silver e barras "feias" de prata industrial. Esses dias comprei 01 (um) quilograma de moedas brasileiras por R$ 2.000,00. A prata nos lingotes é torno de 900 (grau de fineza razoável) e quase metade ainda é viável para fins numismáticos. Então foi um bom negócio. Outra opção é o bitcoin. O preço subirá cada vez mais, mesmo com governos como o chinês começando a "visitar" mineradoras e exchanges. Acredito que o bitcoin nunca será a moeda digital do planeta, a moeda da internet ou a "internet do dinheiro" (como dizem por aí). Mas já é uma commodity eletrônica consolidada e a melhor forma de transferir recursos entre nações com rapidez e a custo irrisório.

No meu caso, estou com a prata. Mas bitcoin é uma boa. Também acredito no futuro do Litecoin que, hoje, está a R$ 12,29.

É isso. Abraços e até a próxima. 



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

As commodities de Bernie Capax



Perdi o barco do bitcoin quanto ele custava em torno de US$ 200,00 e era fácil de minerar. Seria o senhor dos investimentos. Havia um ceticismo grande de minha parte diante da criptomoeda. Enquanto escrevo esta postagem, a comoditidy eletrônica está em R$ 3.253,18. Valeria ainda a pena investir? Acho que sim. O valor pode não subir tanto, mas será uma boa reserva de proteção. Penso que a cotação ficará estável e que as ações chinesas contra mineradores e exchanges pausarão o crescimento que vinha ocorrendo. Nunca vi bitcoin como uma bolha prestes a estourar a qualquer momento pois sua existência é limitada. Isso dá segurança, mesmo com tanta caçada governamental surgindo (China, Índia, Inglaterra etc.). O design é perfeito. Realmente, representa excelente instrumento para reserva de patrimônio, remessa de valores entre países a custo ínfimo e opção para lavagem de dinheiro - acaso você seja político no Brasil, por exemplo.

Quem quiser alocar recursos em commodities, este é o momento. Haverá uma grande crise monetária mais à frente. Quando? Esta é a pergunta de um bilhão de dólares. Aliás, falar em "bilhões", hoje, é café pequeno, considerando que a dívida americana, impagável, gira em torno de US$ 20.000.000.000.000,00. E o que o governo Obama fez contra isso? Imprimiu mais grana nas mega impressora a serviço do Federal Reserve. Se você quer investir numa criptomoeda em ascensão, a grande aposta é o litecoin, neste momento em R$ 11,49. Particularmente, acredito mais em ativos reais para esta momento pré-crise onde estamos: metais preciosos, imóveis e, se for investir em contratos, que sejam de commodities agrícolas e em boi gordo. Se possuir terra, faça isso: plante e crie. É prazeroso, dá resultado e você ainda se dá ao luxo de comer alimento de boa procedência. Quanto ao investimento em metais, o faço há algum tempo e apenas recentemente passei a indicar aos colegas. Quando George Soros se desfaz de 40% de sua participação no mercado de ações e aloca todo esse recurso em metais preciosos, na forma física - bem guardado em cofres particulares e institucionais - ou em participações em minas, é por que seu think tank não duvida mais da iminência da mãe de todas as bolhas financeiras. Bolha, aliás, criada com a ajuda do ativismo globalista de gente como o próprio Soros.

Claro, com boas análises e diversificação, você pode ganhar bastante no mercado de ações. Só não acho interessante ser sectário ao ponto do que aconselham alguns "especialistas" sobre não comprar imóveis ou, como falam outros, praticamente deixar de viver e de tomar aquela cerveja geladinha pensando numa aposentadoria que talvez você nunca venha a ter. Lembre-se: a primeira análise de risco a ser feita é tendo como paradigma a brevidade da vida. Quanto a imóveis, já ganhei dinheiro comprando terreno e o revendendo com edificação. Isso sem contar aluguéis. Fundos imobiliários são realmente uma boa opção: ou um pesadelo. É pouco provável que você perca dinheiro comprando ou construindo imóveis para fins de investimento. Conhecendo a realidade da cidade onde você mora, dá para se ter uma ideia da média de preços praticados e não adquirir casas, apartamentos ou pontos comerciais com base em especulação. Grosseiramente, digo: basta não ser desmiolado e, claro, jumentos não devem sair por aí com bufunfa em mãos comprando terra e tijolos.

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Quem leu Sandman de Neil Gaiman deve ter conhecido o advogado Bernie Capax, vivo há mais de 15.000 anos antes de ser morto por um acidente estúpido, causado pelos efeitos reflexos da peregrinação de Sonho e Delírio em busca de seu irmão perpétuo fujão: Destruição. Após a morte de Bernie, seu filho está atônito, pois, ao entrar no escritório do velho, encontra armas de fogo e facas, pacotes com cocaína e heroína, obras de arte milionárias e centenas de Krugerrands (moeda sul africana de ouro com elevado teor de pureza). O advogado quase imortal viu nações nascerem e morrerem, viveu em períodos de paz e de guerra, deparou-se com incontáveis crises e sabia que apenas mercadorias mantinham seu valor. Com metal precioso, armas, obras de arte e fármacos, poderia, em qualquer lugar ou momento, sobreviver, adquirindo comida e um teto seguro - exigências básicas à nossa sobrevivência. É isso: aprendam com Bernie Capax e invistam em mercadorias. Para alocação de recursos em metais, aconselho a série de vídeos aqui disponível, com dicas sobre melhores locais onde comprar e onde não procurar, média de preços, como testar a qualidade entre outras coisas.


É isso. Um grande abraço e até a próxima.