sábado, 7 de setembro de 2019

Que saudade do meu disco de vinil [HQ do Rolo] [ Postagem de 28/04/2013 ]


Li bons comentários sobre Cascão n.º 76 (abril), em especial nos blogs Paulo Gibi e no Socializando. Vez ou outra, alguma mensal da Turma me agrada. É raro, mas acontece. Compro, quase sempre, apostando na sorte. Dessa vez, comprei mais pela recomendação. E, realmente, é um bom gibi. A história de abertura é boa. Claro que ainda não gosto dos traços atuais sem vida e suas expressões "mangalizadas", bem como acho uma pena o que se faz na intenção de moderar as características mais marcantes de cada personagem. E não me refiro apenas à Turma principal. Nesta edição do Cascão, por exemplo, há outro grande exemplo da bobagem que andam fazendo à turma do Penadinho, a cada dia mais "meiga" e "fofinha"! As historinhas intituladas "abraços" até foram bonitas. Mas evidenciam que o "sombrio" da Turma do Penadinho anda sumindo aos poucos.

Vamos deixar o que é ruim de lado, pois foi em Cascão n.º 76 que vi a ótima história abaixo reproduzida, estrelada por vários "Rolos". Falando da evolução tecnológica no consumo de música, acompanhamos a evolução do Rolo, desde seu visual riponga ao atual: meio playboy duro, com direito à barbicha cool. Sinto saudades do visual original de Rolo. Mas fazer o quê? O personagem integra a turma teen comandada pela Tina e precisa adequar-se ao novo tempo.

A história abaixo é mesmo especial, com direito até a pontinha da Tina setentista. Como foi bacana ver capas de discos como Queen Greatest Hits II, Secos & Molhados 1973, David Bowie: Diamond Dogs etc. E, claro, a descoberta do Rolo do fantástico álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e seu comentário sobre como eram bonitas as capas dos discos. Também há um lugarzinho reservado para os compactos (discos de vinil pequenos com, às vezes, uma música de cada lado) e para as minhas amadas [e problemáticas] fitas K7. Dando um salto no tempo, vemos um pouco dos medalhões de cada época: Michael Jackson estampando a capa de sua obra-prima Thriller e dois pôsteres bem ao estilo adolescente da década de noventa: Prodigy e Alanis Morissette.

Em casa, tínhamos bons discos. Ouvi bastante Queen Greatest Hits I. Minha mãe sempre comprava o novo do Roberto (por pior que fosse). E acompanhei meu irmão mais velho à loja de discos várias vezes. Recordo da compra de uma coletânea do Scorpions e do belo disco Michael Jackson: Dangerous. Passei horas admirando a capa!

No meio dessa evolução, observem a trajetória do dono da loja de música. Ele adapta-se a cada mudança, até não poder mais seguir adiante e passar o ponto comercial à frete. Primeiro, passa a vender fitas. Depois, abre uma lan house (recordam-se da febre delas?). Até que desiste. Seu negócio morreu e deu lugar a novos aspectos do Mercado. Assim é a vida, Charlie Brown.

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