sexta-feira, 3 de março de 2017

Anônimo [ Cinema ]



Sempre fui curioso quanto à autoria das obras atribuídas ao nome William Shakespeare. Mas nunca corri atrás para pesquisar nada. Só me parece improvável que o autor mais importante para a língua inglesa tenha vindo de berço popular, numa época onde a educação era privilégio da nobreza ou, ao menos, de quem tivesse as bençãos da Corte. Exemplos que fogem a essa minha ideia inicialmente posta não faltam, claro. Afinal, Machado de Assis - filho de uma lavadeira de roupas e de um pintor de paredes - tornou-se o maior escritor brasileiro que conhecemos (para mim, o maior gênio da Literatura mundial, o que não vem ao caso agora, pois daria margem para amplas discussões). 

Acreditar que um homem comum, há mais de quinhentos anos, pudesse ser o autor de peças e sonetos que até hoje chamam a atenção do público especializado, utilizando de linguagem rebuscada e ampla erudição, realmente não me desce. Me pergunto quais os meios de ascensão intelectual que um pobre poderia ter no século XVI e não chego a lugar algum nesse esforço mental. Acho que seria algo praticamente impossível, a não ser que você fosse gentilmente "adotado" por alguma congregação religiosa que cultivasse a educação e o conhecimento (o que não foi o caso da pessoa indicada como William Shakespeare de Stratford-upon-Avon). 

Durante um tempo, imaginei que as obras de Shakespeare seriam fruto de uma criatividade coletiva. Já atribuíram a autoria de obras como Hamlet e Macbeth a intelectuais do porte de Francis Bacon, por exemplo. Há algum tempo, no entanto, o favorito dos especuladores é Edward de Vere, 17º Conde de Oxford. E é nesta figura histórica que o filme Anônimo aposta, numa trama bem elaborada, recheada de elementos históricos, lugares e personagens reais. Para ficha técnica, imagens, sinopse e críticas, indico o link do Adoro Cinema. Minha intenção, aqui, foi apenas destacar as razões me levaram a assistir a esse bom filme que recomendo!


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